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XVIII FIA destaca avanços e desafios das cidades inteligentes

A diretora do Departamento de Inclusão Econômica da cidade de Cincinnati, Laura Castillo, esteve no último dia do XVIII Fórum Internacional de Administração, nesta sexta-feira, 06/12, para compartilhar seu vasto conhecimento em cidades inteligentes no painel “Smart Cities”.

Na apresentação no Hotel Master Gramado, em Gramado, no Rio Grande do Sul, a especialista, que atua na promoção de oportunidades econômicas e inclusão para cidadãos interessados em fazer negócios com essas cidades, trouxe o case de Cincinnati, cidade localizada no estado de Ohio, nos Estados Unidos. Para ela, é preciso pensar na combinação que une soluções de dados para criar programas e engajamento cidadão.

“Construir essa conexão com a comunidade para dar a eles as ferramentas para usar essas oportunidades econômicas acontecendo na sua cidade é crucial. Quando pensamos em cidades inteligentes, quando pensamos em inovação, não podemos deixar ninguém para trás”.
A experiência da palestrante em liderança de iniciativas de impacto comunitário presenteou a plateia com conhecimento sobre esse eixo de atuação. Laura destacou seu trabalho com ONGs e sindicatos locais para ajudar no desenvolvimento e capacitação de pessoas com direcionamento à economia verde.

A moderação do painel ficou por conta da especialista em Inteligência Estratégica, Ciências da Comunicação e da Informação, Ana Cristina Fachinelli.

“Fica imaginando como a gente mobiliza a comunidade em torno de tantas possibilidades de projetos e ideias, o potencial que tem para a inovação e para que novas alternativas surjam. Isso nos leva ao nosso próximo tema. A gente tem muito potencial, mas pode ter umas barreiras”, pontuou.


E o tema seguinte ficou a cargo da promotora de Justiça no Ministério Público do Rio Grande do Sul, doutora Júlia Schütt, que falou sobre o Sandbox regulamentatório como instrumento das Smart Cities, trazendo o caso brasileiro de Foz do Iguaçu, da Vila A, que foi um bairro construído para testar a assertividade de soluções de cidades inteligentes em um espaço urbano real.


“O Sandbox, basicamente, busca criar dentro dessa caixa de areia, dentro desse ambiente experimental, um local em que os interessados, empresas e empreendedores busquem naquele ambiente que vai ser criado por uma administração municipal ou por uma autarquia, uma segurança jurídica para desenvolver certas tecnologias que não estariam imediatamente liberadas pela nossa legislação, possam fazer essa experimentação”.


O que se busca com o Sandbox, segundo a especialista em Direito Digital, Cybersecurity e Inteligência Artificial, é reduzir as barreiras regulatórias de entrada para fomentar e atrair investimentos, estimular o aprendizado regulatório e coletar dados para acompanhar a onda de inovação com os cuidados necessários ao processo.


“Um serviço que vai nos permitir chegar cada vez mais nessa ideia de identificar e solucionar os problemas concretos para a população. Então cidades inteligentes, comprometidas com desenvolvimento urbano, transformação social, sustentáveis. Isso é atingível não com o que a gente tem hoje, porque a gente chegou até hoje aqui com um determinado caminho, mas a gente quer chegar lá, a gente vai buscar novas soluções e novas soluções, evidentemente, que podem vir num primeiro momento a ir de encontro à legislação que hoje nos traz determinadas cautelas, determinados limites”.


Já o mestre em Ciência Política e em Relações Econômicas Internacionais e Direito Internacional Público e Privado Márcio Canedo apresentou soluções de cidades inteligentes trabalhadas na capital do Brasil, Brasília. O pesquisador é consultor junto ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, IBICT, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações trouxe como um dos exemplos o Projeto Brasília 2060, que tem objetivo de contribuir para o desenvolvimento cientifico tecnológico, econômico, ambiental e social do Brasil.

“A gente tem que levar em consideração, primeiro, quatro aspectos: planejamento, processo de tomada de decisão racional, obviamente, monitoramento e avaliação das atividades. Se você não tivesse esses quatro pontos, nenhuma política pública seria efetiva. Não adianta você não monitorar e não avaliar a sua política pública. E temos também os temas que foram contemplados: educação, saúde, segurança pública, cultura, esporte, lazer, ciência, tecnologia, inovação e mobilidade urbana”.


O doutor e mestre em Administração, Adm. Rafael Perini, complementou o painel com sua experiência como pesquisador no Citylivinglab.com e membro do World Capital Institute.


“Eu que venho da área da Administração, da graduação, mestrado, doutorado, poder ver uma temática de cidades que me atraiu na Universidade de Caxias do Sul, estudar as cidades do âmbito da administração, acho que isso é um grande diferencial que a gente pode estar trazendo para discussão, né? Então, trabalhar smart cities num evento como esse é um grande diferencial”.


O XVIII FIA chega ao último dia de debates, palestras e painéis com renomados nomes da Administração do Brasil e de diversos países. Para acompanhar tudo que rolou nos três dias, acompanhe os canais de comunicação do Conselho Federal de Administração.

 

Adriana Mesquita

Assessoria de Comunicação CFA