A preocupação com a saúde mental tem se tornado prioridade para muitas pessoas e diversas empresas. Um dos principais fatores que impactam diretamente no equilíbrio mental é a carga de trabalho.
Uma pesquisa sobre benefícios, cultura e bem estar nas empresas apontou que 43% dos trabalhadores brasileiros alegaram que estão com sobrecarga de trabalho. O levantamento mostrou ainda que 31% sofrem com pressão por resultados e metas.
Para a consultora em gestão de pessoas e consultora de negócios e coordenadora do grupo temático de gestão de pessoas do CRA-MG, Carol Fernandes, é preciso seguir alguns passos iniciais para mudar essa rotina sobrecarregada.
“A melhor forma de evitar essa sobrecarga é primeiramente categorizar todas as atividades durante o dia. Para que você consiga administrar melhor o seu tempo, faça uma lista de todas as atividades que realiza e as categorize como importantes, urgentes e circunstanciais. No trabalho, peça ajuda ao seu líder para te auxiliar nas mudanças necessárias”.
Impactos
O estudo trouxe também uma série de impactos negativos que atrapalham a rotina dos profissionais, tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal. Entre eles estão:
1 – Sentir que precisa estar disponível o tempo todo;
2 – Falta de reconhecimento;
3 – Falta de empatia/ apoio na liderança direta;
4 – Sentir dificuldade de ter desempenho em um sua plena capacidade de trabalho;
5 – Falta de comunicação com a liderança direta;
6 – Ter que lidar com as responsabilidades do cuidado com a casa durante a pandemia;
7 – Falta de flexibilidade na jornada de trabalho.
Também afetam a rotina aspectos como desconforto em compartilhar desafios com colegas da equipe ou com a liderança, distanciamento físico dos colegas e sentir que seu desempenho está sendo julgado.
Carol Fernandes destaca que para o cenário mudar, o líder tem um papel fundamental. Ele precisa analisar o cenário e guiar os colaboradores para um novo caminho.
“Os líderes precisam olhar para as equipes de uma forma coletiva ao avaliar se todos têm uma carga de trabalho justa e se elas estão distribuídas conforme as competências individuais. Devem ter também um olhar individualizado no auxílio a cada um dos seus colaboradores para auxiliá-los a administrar melhor o tempo e as tarefas”.
O levantamento ainda trouxe quais foram as estratégias usadas pelas pessoas que enfrentam essas situações para mudar de vida. A terapia foi a opção mais usada, em 82% dos casos. Mudar de emprego foi a segunda opção mais escolhida, seguida da redução das horas de trabalho e até o pedido de demissão, mesmo sem ter trabalho novo.
Rodrigo Miranda
Assessoria de Comunicação CFA
Adriana Mesquita
Repórter Rádio ADM